O Grand Voyager, da extinta companhia espanhola Ibero Cruceros, pode não ter sido o maior e mais imponente navio que já esteve em águas brasileiras, mas deixou a sua marca numa época em que os cruzeiros estavam no auge do sucesso.
Durante 3 temporadas, entre os anos 2006 e 2010, fez diversas viagens nacionais e pela América do Sul. Partiu definitivamente para a Europa em abril de 2010.
E hoje em dia, por onde anda o Grand Voyager? Será que ainda está em operação ou já foi para o desmanche?
Bora descobrir!

No Brasil
Adquirido pela Iberojet em 2004, a vinda do Grand Voyager ao Brasil, no final de 2006, marcava uma época de muitas companhias marítimas e navios pelo país. A oferta e a procura pelos cruzeiros caminhavam juntas, oferecendo produtos cada vez mais sofisticados e itinerários variados.
De 2006 a 2008, esteve sob fretamento da empresa CVC e, na 3ª e última temporada, 2009/2010, veio pela bandeira espanhola Ibero Cruceros (joint-venture entre a Carnival Corporation e Orizonia Corporation).
Com embarques preferencialmente nos portos de Santos e Rio de Janeiro, seus roteiros incluíam diversas cidades brasileiras (Itajaí, Ilhabela, Angra dos Reis etc), além de Punta del Este, no Uruguai, Buenos Aires e a Terra do Fogo, na Argentina.
Em abril de 2010, realizou sua última escala no país e foi embora rumo à Europa.
O Grand Voyager não era grande, porém era veloz. Poderia fazer uma viagem à Patagônia em menos tempo que os demais.
Seu clima descontraído e festeiro, e o sistema all-inclusive, eram ideais para os brasileiros que curtiam navios de pequeno/médio porte.

História
O Olympic Voyager (nome original do navio) foi construído pelo tradicional estaleiro naval alemão Blohm + Voss, para a extinta Royal Olympic Cruises, no ano 2000.
Foi concebido para ser um dos navios de cruzeiro mais rápidos do mundo, com velocidade máxima de 33 nós, além de ser o primeiro 4 estrelas a navegar pelo Mediterrâneo.
Em 2002, após o Comitê Olímpico Internacional intervir no nome da empresa, opondo-se ao termo “Olympic”, a companhia acatou a recomendação e foi “rebatizada” para Royal Olympia Cruises e, em consequência, o navio virou o Olympia Voyager.


Com a situação financeira da Royal Olympia Cruises declinando desde o fatídico 11 de setembro de 2001, em março de 2004 entrou em colapso total. A maior parte da frota foi desmantelada e o Olympia Voyager apreendida por credores.
Fretado para a Iberojet Cruceros, em maio de 2004, reiniciou seus roteiros pela Europa com o nome Voyager.

Nota: Há um vídeo (abaixo) “muito famoso” na internet, que mostra o Voyager numa situação muito delicada: foi atingido pelos ventos e mar agitado, causados pelo ciclone Valentina, no Mediterrâneo, em fevereiro de 2005.
Em dezembro de 2005, foi renomeado mais uma vez. Transformou-se no nosso conhecido Grand Voyager.
O Brasil recebeu o Grand Voyager, pela primeira vez, em novembro de 2006. Naquele ano, o navio juntou-se ao querido Grand Mistral, para realizarem suas viagens pelo litoral brasileiro, Argentina e Uruguai.
Em 2007, a anglo-americana Carnival Corporation & plc e a espanhola Orizonia Corporation se juntaram e formaram uma joint-venture sob a marca Ibero Cruceros. O Grand Voyager passou a ser administrado pela nova companhia, sob o controle executivo do Grupo Costa Cruzeiros.
Ficou em operação pela Ibero até início de 2012, quando foi transferido para a Costa Cruzeiros, sendo reformado e renomeado para Costa Voyager.
Durante 2 anos, pela companhia italiana, esteve em operação no Atlântico, Europa e Mar Vermelho.

Vendido para a empresa Bohai Ferry Cruises, de Hong Kong, no final de 2013, esteve em navegação pela China a partir do ano seguinte. O nome escolhido foi Chinese Taishan.
Até o momento, o navio segue na atual companhia “chinesa”.

Curiosidade: A comédia romântica Cruzeiro das Loucas (Boat Trip), de 2002, foi filmada no navio Olympia Voyager, da Royal Olympia Cruises. O mesmo navio que, anos mais tarde, esteve no Brasil como Grand Voyager.
Ficha técnica – Chinese Taishan
- Companhia: Bohai Ferry Cruises
- Classe: Ocean Liner
- Estaleiro: Blohm + Voss (Hamburgo, Alemanha)
- Ano de construção: 2000
- Última reforma: 2014
- Comprimento: 181 metros
- Largura: 25 metros
- Velocidade: 27 nós
- Peso: 24.430 toneladas brutas
- Passageiros: 832 (ocupação máxima)
- Tripulação: 900
- Decks: 6
Você já esteve a bordo do Grand Voyager? Se sim, o que achou?
E sente saudades de algum outro navio? Qual?
Deixe suas mensagens nos comentários abaixo!
Volto em breve com novas notícias dos cruzeiros. Aguardem!
*Foto em destaque: Edu Nogueira
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Eu estive, mais 2 pessoas. Todos andavam pelos corredores pareciam estar bêbados, de um lado para o outro. Foi a primeira vez. Estávamos em Itajaí e houve um ciclone sem chuva. Porém disseram que o mar de Itajaí era mais bravo. Ouvíamos os talheres e utensílios da cozinha caindo e quebrando tudo. Porém para nós era normal visto que foi avisado. Depois que desembarcamos de Itajaí foi falado que os funcionários eram para ficar em alerta, pois podia acontecer uma catástrofe. Mais para mim foi o melhor. Saudades… Iria de novo. Menos em Itajaí. Kkkk
Oi Zilda.
Caramba, que história “sinistra”, hein?! Mas percebi que você levou tudo na maior tranquilidade.
Todas as experiências são válidas e, o melhor de tudo, é saber que você iria novamente (exceto Itajaí rsrs).
Obrigado pelo relato e pela visita ao Blog.
Seja bem-vinda.
Abraços.
Edu
Quando foi sua viagem? Embarquei nele em março de 2010 e passamos por situação parecida!! Rs.
Mas foi meu primeiro Cruzeiro, tenho um apego especial pelo meu pequeno Grand Voyager!! 🥰
Oi Verônica.
Bom dia.
Infelizmente não tive a oportunidade de conhecer o Grand Voyager.
Já conversei com algumas pessoas que viajaram nele e gostaram bastante, mesmo ele sendo menor que os demais navios.
O primeiro cruzeiro a gente nunca esquece né?
Espero que, depois do Voyager, você já tenha conhecido outros navios.
Obrigado pela mensagem.
Volte sempre.
Abraços
Eu, meu esposo e minha sogra fizemos um cruzeiro(Santos-Punta Del Este) em 2007. Foi uma experiência incrível. Deixou saudades, o Grand Voyager e o cruzeiro como um todo(all inclusive). Tripulação super atenciosa, serviço ótimo. Destaque para o garçom de nossa mesa(Espero) e para o supervisor de cabine(uma espécie de mordomo) Daniel.
Olá Clair.
Seja bem-vinda ao Blog.
O Grand Voyager era um navio pequeno, mas a maioria dos feedbacks que recebi é sempre elogiando o cruzeiro.
Obrigado pela mensagem.
Volte sempre.
Abraços
Edu
Tenho doces recordações desse navio, dei de presente pra minha mãe uma viagem à Argentina pelos seus 80 anos em 2010.
Bom dia, Paulo.
Que legal, hein?! Vocês se divertiram bastante? Tenho certeza que a sua mãe deve ter adorado esse navio.
Obrigado pelo relato e seja bem-vindo ao Blog.
Abraços
Edu
Fiz um cruzeiro de 15 dias com este navio. Saímos de Santos, passamos pelo estreito de Magalhães, canal de Beagle, Ushuaia e Malvinas ( onde não conseguimos aportar ) foram os principais destaques da viagem. Comida excelente, muita diversão e tripulação muito atenciosa. Foi muito bom. Com certeza faria novamente.
Bom dia João.
Seja bem-vindo ao Blog.
Os feedback recebidos sobre o Grand Voyager são sempre muito positivos.
Que viagem incrível você realizou. Parabéns.
Obrigado pelo relato.
Volte sempre.
Abraços
Edu
Eu fazia parte da tripulação.. um dos melhores cruzeiros que ja fiz na vida. Voltamos com um só motor! Mas chegamos! Grand Voyager era assim! Amo esse naviozinho!
O Voyager era uma aventura mesmo!
Esse navio marcou muito aqui no Brasil.
Quem sabe um dia volta – com outro nome e outra companhia!
Ahhh, foi maravilhoso!!! Nosso primeiro cruzeiro e no Grande Voyager!!! Eu e meu marido em 2008. Embarcamos no porto do Rio de Janeiro, primeira parada Ilha Bela e segunda Ilha Grande. Ótimas recordações!!! Saudades!!! Hoje somos apaixonados por cruzeiros.
Olá Mariza.
Bom dia.
Cruzeirar é, definitivamente, apaixonante e viciante rs.
Fico muito contente que sua viagem no Grand Voyager tenha sido ótima e que vocês tenham recordações desse incrível navio.
Obrigado pelo feedback.
Volte sempre.
Abraços
Edu
Aconteceu uma coisa incrível este navio, gostaria se alguém se lembra. Fiz com minha esposa, um Cruzeiro no Grand Voyager com saída do Rio de Janeiro em 01 de janeiro de 2010, até Buenos Aires, 9 dias no total, ida e volta.
Já retornando para o Rio de Janeiro, no fim de tarde, num dia de muito sol e calor, houve um happy hour no deck da piscina, e de repente todos ficaram com o cabelo literalmente em pé. Todos. Garotas de cabelo liso e comprido ficaram com cabelo apontando para o céu.
Perguntei aos tripulantes se eles já tinham presenciado algo parecido, mas responderam que não.
Juro que foi verdade, na hora achei que deveria ter sido algo raro mas que encontraria outros relatos parecidos, mas já pesquisei e nunca encontrei.
Não tirei foto porque minha máquina estava longe na cabine, mas muita gente tirou fotos. Gostaria de saber se alguém tem foto disso e se alguém se lembra disso.
Olá Henrique.
Bom dia.
Vou deixar o seu comentário bem à mostra agora, pra ver se alguém se lembra desse fato. Eu nunca li nada a respeito.
Deve ter sido uma experiência, digamos, bem diferente rs.
Obrigado pelo relato.
Abraços
Edu
Deus me defenda … passei foi é mal nesse Cruzeiro. Balança pra cacete . Muito pequeno . Não aguenta ondas maiores. E olha que diz Santos, ilha bela e Itajai.
Bom dia, Angela.
Seja bem-vinda ao Blog.
Pois é, navio de menor porte tem “esse problema”. Talvez você tenha pego um mar agitado. Mas entendo.
Volte sempre.
Abraços.
Edu
2006 / 2007 Foi minha primeira viagem…Fui com minha mãe (falecida). Foi maravilhoso só tenho excelentes lembranças, mas é verdade que andávamos pelos corredores como ” bêbados” e e alguns momentos portas e gavetas abriam… kkk sentia marear…
* minha filha trabalhava no grupo de ballet do navio. Saudade ..
Olá Rosana.
Seja bem-vinda ao Blog.
Que bom que você curtiu o passeio no Voyager. Os relatos que recebi foram, quase todos, ótimos.
Dá saudades né? Infelizmente são tempos que não voltam mais.
Obrigado pelo feedback.
Volte sempre.
Abraços
Edu