Mitos sobre os cruzeiros
Mitos sobre os cruzeiros

7 mitos sobre as viagens de cruzeiro

Quem viaja de navio conhece várias histórias, verdades e mitos sobre os cruzeiros, mas, geralmente, quem ainda não teve a chance de embarcar, fica em dúvidas sobre o que é verdade ou mentira.

Há anos, os cruzeiros tornaram-se opções para quem gosta de aproveitar as férias e se divertir com os amigos e familiares. Cada vez mais acessíveis a todos, são o sucesso dos verões pelo Brasil, e também ao redor do mundo.

Mas, como citei acima, vários mitos são criados sobre o assunto e estou aqui para esclarecer e tirar algumas dúvidas sobre o tema.

“Cruzeirar” é caro? Posso comer e beber a vontade? Não falo inglês, e agora?

Bora lá!

 

1) É MUITO CARO!

Ser caro ou não, é muito relativo. Depende do que cada pessoa entende como “caro”.

Se formos comparar um minicruzeiro (1 casal) com um final de semana numa pousada no litoral de São Paulo, sim, os cruzeiros são mais caros. E se compararmos o mesmo minicruzeiro com um final de semana num hotel 5 estrelas em Paris?

Pois é!

O ponto fundamental nessa questão é o excelente custo-benefício que os cruzeiros nos proporcionam.

Quando compramos uma viagem de cruzeiro, estamos comprando praticamente tudo que precisamos:

  • Hospedagem
  • Transporte (entre cidades, estados, países ou, até mesmo, continentes)
  • Alimentação (praticamente tudo o que você consumir já está pago)
  • Bebidas (se você optar por um pacote all-inclusive, não pagará nada mais por isso)
  • Segurança
  • Conforto
  • Lazer
  • Entretenimento
  • Acessibilidade (locais adaptados para pessoas com necessidades especiais)
  • Centro médico (esse é pago, e não é barato – mas o seguro viagem ressarce)

Ao colocar tudo isso no papel, você verá que o valor atribuído ao passeio geral sairá mais barato do que fazer e pagar item por item individualmente, e por conta própria. Além do mais, as condições de pagamento dos cruzeiros são ótimas, podendo parcelar em “X” vezes no cartão de crédito (se assim você optar).

 

2) DÁ TÉDIO! É CHATO!

Esse é um dos maiores mitos dos cruzeiros: a pessoa que nunca viajou achar que vai ser maçante ou tedioso ficar muitos dias “trancado” dentro de um navio “sem nada para fazer”.

Um navio é projetado, para atender a um programa de necessidades muito bem detalhado e desenvolvido para a satisfação de todos os tipos de passageiros.

Tem de tudo a bordo: restaurantes variados, bares, teatro, cassino, academia de ginástica, spa, salão de beleza, espaço kids e teen, discoteca, piscinas, toboáguas, quadra poliesportiva, pista de jogging (corrida), minigolfe, biblioteca, capela, lojas (muitas e diversas), centro médico, pista de kart, parede de escalada, pista de patinação no gelo, montanha-russa, simulador de surf, tirolesa, arvorismo, simulador de paraquedismo, cine 4D, simulador de fórmula 1, bicicleta “aérea”, pista de boliche, carrinho bate-bate (esse nos lembra infância) etc, etc, etc. Ufa!

Há recreadores, animadores, artistas em geral, que desenvolvem programações especiais para não deixar ninguém parado.

As escalas também fazem parte da programação do cruzeiro. Se possível, desça do navio e curta tudo que as cidades oferecem de bom.

Mas, se você optar por não fazer nada, ficar off de tudo, aproveitando o seu cruzeiro para descansar, também pode. Uma boa leitura na biblioteca ou num deck externo do navio é muito agradável.

 

3) COMIDA E BEBIDA ALL-INCLUSIVE

A verdade é que nem tudo está incluído no valor pago pelo seu cruzeiro.

A maioria dos navios fornece as refeições básicas diárias (café da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar, ceias etc), águas e sucos.

Quando na reserva da viagem, é permitida a compra de pacotes especiais de bebidas, de acordo com o gosto de cada hóspede, de modo a não ter mais gastos a bordo. Todas as companhias disponibilizam esses pacotes. Há também aqueles cruzeiros onde o pacote de bebidas já está incluído no valor total da viagem.

Os restaurantes de especialidades também são pagos à parte. Com gastronomia variada, alguns requerem reservas especiais.

As exceções são os navios premium ultra-luxo, onde pode-se beber e comer a vontade em qualquer bar ou restaurante, a qualquer hora do dia ou da noite.

Imagem: Pullmantur Cruceros
Imagem: Pullmantur Cruceros

 

4) BALANÇA MUITO

Essa talvez seja a principal dúvida para quem nunca viajou e, de certa forma, cria uma “barreira” contra esse tipo de passeio.

Já ouvi várias pessoas falando assim: “Só de olhar para um navio já sinto enjoo!”

Se eu disser aqui que os navios “não balançam nada”, estarei mentindo pra vocês.

Embora os navios maiores, e os mais modernos, possuam excelentes sistemas de estabilização, dependendo das condições do mar, sente-se um pouco do balanço – às vezes mais, às vezes menos. Em algumas localizações como proa ou popa, há uma tendência maior ao balanço se comparado ao centro do navio. Mas nada que seja um impedimento ao passeio.

Há sim, quem enjoe a bordo, mas nada significativo. A não ser que o navio atravesse uma tempestade tropical no meio do oceano, no geral, é tudo muito mais tranquilo do que se pensa.

Dica 1: Está com medo de enjoar a bordo? Leve sempre um remédio para enjoo.

Dica 2: Nunca viajou e tem medo de enjoar? Compre um minicruzeiro para experimentar e, depois, faça um cruzeiro maior.

 

5) SÓ SE FALA INGLÊS A BORDO

O inglês é o idioma universal não só nos cruzeiros, mas praticamente em todos os lugares do mundo.

Fala-se inglês a bordo? Claro que sim! Mas fala-se também espanhol, italiano, alemão, francês etc e, nos cruzeiros pelo Brasil, é obrigatório, pelo menos, 25% da tripulação ser local. Ou seja, fala-se português também.

Ao redor do mundo talvez haja sim um pouco de dificuldade de comunicação com os tripulantes. Embora existam muitos brasileiros embarcados por aí, não há a obrigatoriedade de tê-los a bordo “nesse ou naquele navio”. Mas muitos tripulantes falam espanhol, e se houver boa vontade de ambos os lados, todos irão se entender corretamente.

Dica: na dúvida, use o Google tradutor do seu celular. Ajuda bastante.

Lara Lews
Lara Lews, brasileira, crew administrator dos cruzeiros Royal Caribbean há 12 anos

 

6) GORJETA OBRIGATÓRIA

Não, a gorjeta a bordo não é obrigatória.

Na compra do seu cruzeiro, já vem discriminado os valores referentes à viagem propriamente dita, taxas portuárias e taxas de serviço.

Algumas companhias optam por vender suas passagens sem a tal da taxa de serviço (cria a sensação “enganosa” de que a viagem será mais barata), mas o valor referente a ela é acrescido na soma final da sua conta a bordo. Ou seja, terá que ser paga de qualquer forma.

Porém, mesmo sem a obrigação de dar gorjetas aos tripulantes (camareiro, garçom, barman etc), é uma atitude cordial e vale a pena gratificá-los pessoalmente pelos “bons” serviços prestados.

 

7) ESPERA OS ATRASADOS

Esse tema é importante porque serve de alerta para todos os hóspedes. Há regras muito rígidas relacionadas a horários.

Quando um navio escala em alguma cidade (porto), todos os passageiros são avisados sobre os horários de desembarque e reembarque – em cidades onde não há porto, o traslado é feito por tenders (lanchas), e há informação sobre a saída da “última” lancha da cidade.

Se algum hóspede se atrasar, independentemente do motivo, o navio não irá esperar, irá embora. O passageiro deverá arranjar um jeito de encontrar o navio na próxima cidade de escala para que possa reembarcar. Não queira passar por isso. Tenso!

Porém, há uma exceção nessa regra aqui: Somente em casos onde as excursões em terra tenham sido vendidas pela própria companhia (site, agente de viagens ou cruzeiro), o navio irá aguardar a chegada dos passageiros para o reembarque.

 

Antes de viajar, consulte sempre seu agente de viagens ou a companhia marítima escolhida, de modo a sanar todas as dúvidas referentes aos cruzeiros. O que pode “parecer óbvio”, muitas vezes pode dar dores de cabeças desnecessárias.

Aqui pelo Brasil, para a próxima temporada de verão, as vendas das viagens já estão acontecendo. Somente as companhias MSC Cruzeiros e a Costa Cruzeiros farão roteiros regulares pelo país.

 

Volto em breve para esclarecer mais mitos sobre os cruzeiros.

Aguarde!

*Foto em destaque: Edu Nogueira


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